Poesia de Ruminante
À língua
A saliva aviva
O sabor do que me dói.
Devora-me a flora emocional
Degusta o que é mel
E o que é mal.
Revolve em vísceras
O que é fel
E o que é sal.
Às entranhas
Meu pedaço que é mar,
E o que é chão e o que é ar,
Heterogênea mistura.
Rumina,
ânima
Em nacos do que é líquido
Em fóssil do que lúcido
Pantagruélica,
regurgita-me
Sem me mastigar
Sou sua refeição diária.
Bruxo/Agosto - p/ José Luiz e Aluísio Santiago.
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